segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Esquece sua cabeça e dança Isla!"

Eu acabei de chegar da aula de jazz e ainda sinto cada parte do meu corpo dolorida. Nunca senti uma dorzinha tão agradável como essa. Um dos lados mais bonitos da dança é quando você descobre seu próprio corpo e embalada a melodias deliciosas começa a descobrir os movimentos. Saltitar. Girar. Rodopiar. Subir na ponta dos pés e erguer os braços como se fosse capaz de alcançar os céus com a leveza da alma. E quando a gente cai, machuca os dedos e as pernas, basta respirar fundo e tentar outra vez. Mas sem parar! Porque o chão também faz parte. A queda é parte do preço que pagamos para sermos capazes de subir nos palcos e encantar olhos desconhecidos e curiosos.

Faz muito tempo desde a última vez em que parei para escrever. Não é por falta do que dizer, mas por não saber como encaixar as palavras até alcançar um terço do que vem preso. Hoje eu acredito que seja hora de dançar um pouco pra poder deixar as melodias me causarem alguns estragos, e depois, ser capaz de escrever sobre o que a gente encontra quando vai ao chão. Mais que isso, eu preciso de um tempo meu. Eu quero também ser capaz de alcançar um ponto alto pra quem tem essa coisa de escrever (digo "coisa" por não encontrar um termo melhor) que é poder falar sobre a felicidade sem que ela escape. Felicidade é um bicho danado e leviano, fugaz.

Vou arrumar o quarto, os livros, os cadernos e voltar a pintar. Vou arrumar tempo, dançar, estudar e (cheia de pretensões) tentarei passar no vestibular. Pra no ano que vem ser um pouco mais livre (ou presa, vai saber né) e poder dar continuidade a alguns projetos e quem sabe aulas de teatro além do jazz. Por isso publicarei menos, vou escrever um pouco mais pra mim. Confesso que já faz muito tempo desde que escrevi com caneta e folha branca. Botões e teclados nem sempre são tão confortáveis. Quando houver oportunidade (e vontade) publicarei!

Pra quem ainda entra aqui eu deixo meu carinho e um pedido de desculpas pela ausência. Cuidem-se direitinho. E dancem, sempre que puderem. Vez ou outra é normal perder o ritmo, o que não vale é permanecer parado... Um beijo!

Com amor,
Isla Cezzani.