As ruas são sempre as mesmas. O moço gentil continua sentado
em frente à farmácia, o senhor da padaria continua sem sorrir e as crianças
ainda correm por aí em bicicletas. Os dias são quase sempre os mesmos. Eu aceitei
a rotina, mas também aceitei quebra-la quando necessário. Existe um lado
complicado nas rupturas, o recomeço. Ciclos se iniciam e finalizam suas
missões, mas existe um espaço de tempo, entre um ciclo e outro... É nesse
espaço onde me perco. E estar perdida virou uma condição intrínseca da minha
existência.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Carta ao mestre
Acho que você sabe, eu sempre guardei uma
curiosidade infinita sobre os mistérios do mar. Eu sou dele, mestre. Eu me vejo
no horizonte e na parte invisível sob a imensidão azul, e nas ondas que se
quebram... Quebram-se, e voltam. Voltam e voltam diferentes do que foram,
cumprem seu destino e entregam suas conchas, deixam na areia da praia o que não
lhes cabe mais. Eu me lembro de vê-lo carregando sua bicicleta enquanto eu
cumpria um ritual com amigos, conchas e água salgada. O que eu sabia sobre você
apesar de ser pouco era o suficiente para sustentar meu interesse... “É ele? O
menino mágico?” Então a gente senta numa roda, e o mar quieto e sereno, se
despedindo do sol, recebendo a lua, presencia o que a gente chamou de
reencontro. Foi uma noite linda, menino coala, o nosso reencontro. Envolvia uma
quantidade tão bonita e numerosa de pessoas de espírito livre e bondoso,
contidos talvez, mas prestes a soltar a sabedoria que havia ali, guardada,
pronta pra ser instigada.
Não sou capaz de recordar uma passagem da minha
vida tão rica em conhecimento como o desenrolar dos nossos encontros. Era uma
coisa bonita, a sua essência. Minha estranheza andava de mãos dadas com
uma profunda admiração. Havia atemporalidade nos seus passos, e enquanto você
andava o destino ia se movendo como faíscas coloridas que se movem junto com o
vento, numa dança que desenha caminhos capazes de nos levar a lugares e pessoas
inesperadas. Nossos encontros eram assim, uma faísca brilhando na noite que
entrelaçava caminhos, e aí a gente se achava. “Olha aonde vai Peu!” Jeito
bonito de se encontrar... De ser encontrado.
Hoje eu sei que do que sou, há muito sobre o
que fomos. Sobre o nosso reencontro! Minhas palavras são fortemente dirigidas a
você, por pura gratidão e amor. Amor porque a partir de você mais laços foram
feitos, e a nossa tribo, me representa. E de tão distintos, eu sei, a gente se
pertence sem a menor pretensão de ser dono do outro. É uma amizade pura, laço
de alma, de espírito. E o nosso acontecimento em conjunto não é obra única do
acaso, é a sintonia do destino. Nossos passos trilhavam os mesmos caminhos e o
coração beirava o mesmo precipício. Vocês me fizeram especial.
Eu olho em volta, mestre, e vejo que o tempo
presente é uma prova: Preciso aplicar toda a teoria que aprendi com você. Houve
uma troca intensa de conhecimentos e aprendizagens, um momento riquíssimo em
amor que sustentaria toda a saudade. Eu me lembro, de quando você me disse em
uma das noites mais assustadoras da minha vida, “Medo é ilusão, pequena, vai
passar”. Além de cuspir cartas e fazer coisas desaparecerem, você tem o dom de
me acalmar. Por isso no instante que tenho em mãos, honro todas as
aprendizagens fazendo desaparecer o medo, a ilusão. A angústia que não é minha.
Foi com você, mestre, onde eu comecei a respeitar as minhas asas. Aprender que
laços não se quebram com a distância, e que o universo habita também dentro de nós.
São nas lembranças de dias e noites em frente ao nosso cúmplice, o mar, dias e
noites em boa companhia, uma roda de amigos. Saudade não é mais dor, sabia? A
minha saudade é pura gratidão. E eu sinto, num lugar aqui dentro, que ainda
vamos nos cruzar muitas e muitas vezes. As estradas também são nossas.
Estou vivendo na cidade onde o sol nasce
primeiro em toda América, sabia disso? E vou lhe contar que ando conhecendo
tanta gente de sorriso bonito! Tanta gente cheia de simpatia que conquistam no
dia a dia o meu encanto. Preciso lhe trazer aqui! A nossa tribo inteira. Apreciar
a imagem de Iemanjá em frente ao mar, diante de toda a cidade, e pedir que a
rainha dos mares nos dê ainda mais coragem e sabedoria. Preciso amanhecer com
vocês outra vez, e rechear meu coração com aquela luz e paz. Apreciar o
mistério do planeta... Vamos nos vestir de alegria, como sempre fizemos. Vamos
atravessar a ressaca, o mal tempo. Mesmo de longe, a gente se cuida. E vai
cuidando, porque é pra ser assim. Gratidão menino coala, eu também aprendi com
você, toda a minha gratidão pelo momento em que o destino resolveu nos colocar
outra vez, um na vida do outro.
Quando vejo o mar me lembro de tudo o que
senti, num dos anos mais bonitos. E o mar beija meus pés daqui, e beija o de vocês,
daí. Vai mandando minhas energias, meu afago... E eu vou aguardando com muita vontade, o momento em que nos veremos outra vez. Cuida-te! Obrigada pelo mundo que você me
apresentou, obrigada pelo livro que me entregou, pelo universo que construímos
(com tintas, Viajande!). Por ti, todo o meu carinho, admiração, respeito e
a-m-o-r! Por nós, pela tribo, pelos viajantes... Toda a fé, os pés descalços na
areia da praia, a coragem, a astúcia e a humildade. Fomos grandes enquanto estivemos
juntos. Nos tornamos gigantes pelo que construímos.
Com amor, e muita saudade,
A sua aprendiz.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Ilha, porto seguro,
Filha, fruto maduro.
Se sabe voar, bata as asas,
Se distante, deixe fluir as águas,
desse rio caudaloso chamado destino.
Enfrente o leão, munida de fé e intuição,
Mude o foco, da mente para o coração.
Encha o copo, com o néctar de amor,
Sinta o sopro, espirito sonhador.
Filha, fruto maduro.
Se sabe voar, bata as asas,
Se distante, deixe fluir as águas,
desse rio caudaloso chamado destino.
Enfrente o leão, munida de fé e intuição,
Mude o foco, da mente para o coração.
Encha o copo, com o néctar de amor,
Sinta o sopro, espirito sonhador.
Pedro Guaraná, menino coala
quarta-feira, 10 de abril de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
La Belle Époque
Apesar da tristeza, Jasmine tinha o encanto. E o destino que nunca foi
muito bondoso com seus ventos, encarregou de lhe entregar ao mundo que os
palcos clamam, a burguesia consome, e as mentiras são contestadas pelo brilho
duvidoso em cada olhar. Cada ato, era a entrega. Jasmine não sabia mais ao que
pertencia, sua alma é de quem transcende o corpo pelo amor de abrir as asas e
entregar-se. Entretanto, como eu havia dito, ela não sabia. Acreditava que além
dos palcos, os cabarés lhe bastavam. Como a forma de amor mais primitiva e
efêmera, que transforma noites em eternidade. A entrega do corpo e nada mais.
Segundo ela, poesia alimenta o coração, e o toque, alimenta o corpo. Em
segredo, ela amava com um tipo de piedade egoísta, pois encontrava nos
escritores fracassados o alimento de quem precisa acreditar. Ela era a salvação
dos embriagados e desesperançosos que despertavam antes do sol nascer apenas
para abrir as cortinas e enxergar os raios de sol moldando-se no seu corpo nu
de curvas delicadas. Dos seus amores restavam apenas cinzas de cigarros, copos
com bebida pela metade e, sempre, um bilhete junto aos lençóis sujos de prazer.
O teatro beirava a angústia da
espera pela estreia do novo espetáculo. Por três dias Jasmine precisou
manter-se inteira.
Ato I
O fôlego sempre será
perdido enquanto houver histórias de amor proibido. Era difícil disfarçar os
beijos e ignorar os arrepios. O palco é um universo de meias verdades: Apesar
de sustentar falas e atos articulados, será sempre incapaz de impedir o alcance
das consequências geradas pelo envolvimento dos sentidos. É esta a explicação
para o desconcerto de Jasmine, que por sua vez, se considerava mulher o
bastante para não fraquejar diante de Daniel.
— Amar pode ser perigoso, Daniel.
Especialmente quando somos feitos por desejos de um egoísmo profundo. — Confessava Jasmine enquanto
tragava seu cigarro.
— Chega a ser uma ofensa ouvir isso vindo
dos seus lábios. Você se atira pelo amor aos palcos todas as noites e não há
medo em você.
— Mas você sabe bem, meu querido,
que neste nosso ofício nós somos amantes e cúmplices dos personagens que
invadem nosso corpo. Quem o beijou há meia hora atrás não fui eu... Oras, veja
bem, nos amamos apenas enquanto as cortinas vermelhas estão abertas. Toda
aquela coragem e amor, não são meus.
— Apesar de você ser formidável na
manipulação das palavras, não acredito em uma única sentença do que diz.
— Diga-me como, e eu
provarei.
— Amanhã. Após o espetáculo, quando todos
forem embora. Espere por mim no palco, mas com as cortinas fechadas.
Ato II
Após deixar Daniel, Jasmine evitou o cabaré e se conduziu direto ao seu
apartamento que ficava aos fundos do teatro. Não entendia o porquê de se sentir
saciada sem nem ao menos ter sido tocada por um homem, mas evitava as respostas
para tais questões. Em algum lugar dentro de si, ela tinha consciência de que
toda sua convicção sobre estar inteira mesmo quando se concede aos amores e
prazeres de um homem, estava prestes a ser derrubada, e era Daniel quem lhe
roubara as falas, a cena e o ato. O teatro, assim como o amor, é traiçoeiro.
Jasmine acreditava que se perdia e esquecia de si a partir do momento em que o
pó de arroz moldava sua face, quando toda a tinta necessária para embelezar
seus olhos era utilizada. Desta forma ela acreditava que estava acima das
desventuras que o amor é capaz de provocar. Uma das poucas coisas que sabe
sobre a vida é que amar pode se tornar o último suspiro de uma alma que outrora
veio a cintilar. O amor, para Jasmine, rouba a magia e entristece os corações.
Sabe-se do medo que ela sente diante de Daniel, e se conhece também a origem da
força desse medo. Depois de tantos que a tocaram e a despiram com as mãos,
Daniel parece despi-la com os olhos. Por isso Jasmine estremece, mas não assume
a fraqueza de ser atingível. Por um breve segundo lhe passou pela cabeça que
talvez fosse melhor evitar o que a noite seguinte guardava, entretanto sua
covardia implicaria em uma noite sem espetáculo e Jasmine poderia abandonar a
si, mas nunca ao palco.
A
grande noite chegou e as cortinas foram abertas. Daniel, por alguns momentos,
parecia não lhe causar tamanho impacto. Talvez o segredo sejam as cortinas
vermelhas.
Ato III
O
ato final arrancou palmas de todo o teatro, até as paredes pareciam vibrar. Sem
enxergar definidamente os rostos daqueles que se colocaram de pé para
homenagear uma noite de pura arte, romance e magia, Jasmine sentia o som das
palmas percorrer o seu corpo provocando arrepios em sua pele... Era a maneira
mais pura e real de sentir o agradecimento daqueles que foram alcançados pela
arte de representar. Ela sabia... O triunfo não foi apenas seu, mas também
daquele que no momento segura sua mão com firmeza e sorri um sorriso
deslumbrante enquanto acena para o público. Naquela noite, os dois perceberam
que a empolgação transmitida pelo público foi diferente, mais pulsante e até
mesmo intrigante. O público talvez tenha presenciado não só uma representação
ensaiada e bem articulada, mas também uma confissão. A ansiedade contida nos
olhos de Jasmine e o calor nos movimentos de Daniel. Eles já haviam assumido, e
Jasmine, apesar de continuar sem reconhecer, tornou-se vulnerável ao que o
coração é capaz de ordenar.
As
cortinas se fecharam e o tumulto deu lugar ao silêncio delicado que cobria as
paredes do teatro. Os olhos escuros de Jasmine deixavam escapar verdades sobre
ser alcançável.
— Há um rastro de estrelas nos seus
olhos, Jasmine.
As roupas que eram abandonadas pelo chão eram como pedaços de uma
camuflagem involuntária. Não havia pressa, como Jasmine estava habituada. Aos
poucos ela percebia a sutileza que surgia através dos movimentos envolvidos
pelo carinho de Daniel. Seu corpo parecia dançar em um ritmo aveludado, cheio
de mistérios que estavam prestes a ser revelados. Finalmente, a entrega
desmedida. Longe do mundo saturado por amores malditos e poetas embriagados. As
cortinas vermelhas devidamente fechadas, o corpo nu e inteiro. Longe de
personagens ou da arte pré-fabricada, eram atos vivos, humanos e artisticamente
sublimes. Coberta pelo amor junto ao prazer que Daniel lhe concedia, Jasmine
assumiu o papel de revelar a si mesma nos braços de um homem. Mulher de lábios
vermelhos, cabelos longos e olhos escuros... Corajosamente, amante do mundo.
Seu corpo falava entre arrepios e Daniel reconhecia a grandiosidade do que
havia em suas mãos. A mulher inalcançável do Moulin Rouge, envolvida em seu
corpo, redescobrindo a utopia da Belle Epoque; L'amour.
—O que me diz
sobre correr o risco de amar? — Perguntou Daniel ao repousar a cabeça sobre os
seios de Jasmine.
—Lhe digo que mistérios passaram a
me atrair com mais intensidade desde o momento em que você me tocou.
Era dia dois de abril de 1912. Os últimos
suspiros da verdadeira boemia parisiense. A Paris de automóveis barulhentos,
artistas desventurados e cabarés cheios de contos que valem por toda uma época
de mulheres fortes, sedutoras e – aparentemente – inalcançáveis.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
(...) Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações.
Eça de Queiroz em O Primo Basílio
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Novembro
I didn’t know
Existe uma parte da história que só se expressa através do
silêncio. É como o grito sufocado que preenche um capítulo inteiro com o vazio.
Primeiro, o título. Três páginas depois, um único ponto final, e o que há entre
o começo e o fim cabe unicamente aos que são capazes de capturar a tristeza
deselegante resultante de semanas entre poucas convicções e um choro sufocante
guardado não sei como, causado não sei o porquê. O meu silêncio foi a falta de
encanto, eu andava dentro de mim e permanecia incapaz de sentir um único centímetro do meu corpo.
Novembro foi o meu coma. A minha inconsciência. A falta de
pulso e de fome.
Dezembro
Please little bird, don't go away
O amanhecer guarda segredos sobre o nosso renascimento, mas por algum motivo eu não me interessava em buscar esses mistérios. O telefone estava desligado e as cortinas fechadas, não havia ninguém em casa e nada que me fizesse querer abrir a porta do quarto escuro. Eis que ouço um barulhinho vindo da janela... Era um pequeno pássaro de barriga amarela bicando a janela como se quisesse me convidar para ver o nascer do sol, e a imagem guardada do outro lado da janela junto ao passarinho era incrivelmente deslumbrante. A cidade estava imersa sob uma quietude inocente, as casas guardavam com as portas fechadas o sono de famílias inteiras, e para quebrar a imagem paralisada de uma cidade que ainda dorme, havia um moço descendo a rua em uma bicicleta. Desejei poder descer a rua também. Naquela manhã eu percebi que precisava levantar para me conhecer um pouco mais. Encarar as perguntas que desenham curvas no reflexo do espelho... Era uma missão difícil, acreditem. Entretanto, não há uma única tristeza na vida que não possa ser derrotada pela energia transmitida em um pôr-do-sol na estrada. Viajei. Por semanas inteiras, de cidade pra cidade. Em cada lugar, uma situação, uma obrigação, uma descoberta. Foi uma bela maneira de finalizar o ano. Terra e céu, sempre na beleza de alcançar mais um pedaço de mim. Pedaço este, perdido entre horizontes.
Ao voltar para o quarto escuro me deparei novamente com o mesmo pássaro de barriga amarela.
Até hoje ele vem me visitar, e eu lhe agradeço por ter me despertado.
Janeiro
A brand new start
Algo aconteceu em um momento peculiar demais para ser descrito, como uma espécie de acontecimento grandioso capaz de mudar as estruturas de um corpo que já não era tão destemido assim. Existem histórias sobre pessoas que gritam, mas há também uma parte belíssima para aqueles que acontecem em silêncio. A culpa é do mistério que sempre me fascinou. Como por exemplo, o universo, a psique humana, o corpo contagiado por todos os sentidos, desde a repulsa até o incontrolável desejo. Escrevi uma carta de despedida a mim mesma e a queimei como uma espécie de oração feita diretamente aos ventos, que levem embora o que havia de negativo entre minhas palavras e que perdure em mim a esperança, a fé e a coragem. Eis que algo surgiu, somente "algo", sem especificações concretas ou ilustrações. Era algo parecido com o despertar, mas que ia além dos sentimentos contidos nos recomeços. A palavra certa: Renascimento. Algo que me ocorreu de dentro pra fora, e ao passar dos dias vai tomando mais força, mais ousadia, mais ginga e confiança. Nas preces e no conhecimento sobre um novo mundo eu encontrei o acolhimento, a calma, a serenidade. Respostas que calam, aos poucos, os gritos do meu Ego. Finalmente, eu cresci. No momento em que deixei no passado o que a ele pertencia: Os medos, as mágoas, as palavras não ditas e o choro não derramado. Sustentar imagens ilusórias sobre passado e futuro me arrancavam do momento presente, e eu sempre me encontrava em outro plano onde não era capaz de tocar em uma felicidade real. Entreguei ao universo tudo aquilo que não está sobre o meu poder e a partir de então, meus passos se tornaram mais leves e a minha estrada, mais serena. Certa vez, um amigo/mestre me disse "A vida é como uma espécie de quebra-cabeça, a gente só vai juntando as peças enquanto caminha". Caminho, movimento o corpo, alimento a mente e enquanto houver harmonia entre os meus passos, o universo me entregará o que é essencialmente meu. E a vida se revela nas margens de um livro cheio de mensagens carregadas pela sabedoria de quem um dia soube revelar e compartilhar o conhecimento. Enquanto isso o mundo vai nos surpreendendo... O mundo exterior que tocamos, que nos presentei com golpes fortes capazes de nos tornar um pouco mais fortes e com pessoas iluminadas que cruzam nosso caminho entre encontros e desencontros, que sempre deixam uma marca, uma aprendizagem. E a parte interior, que constitui a beleza da solidão, a pureza estar em paz consigo mesmo. Olhar para dentro e perceber que as respostas que procuramos fazem partes do nosso ser. E no fim, a conclusão me leva até a verdade sobre as viagens que fazemos em busca, sempre, da evolução... Vidas inteiras, morte e nascimento, sempre o mesmo propósito: Evoluir.
Fé, coragem e gratidão, é o que eu guardo para a nova jornada.
(Nas margens do que há sobre a nossa nova revolução)
(Nas margens do que há sobre a nossa nova revolução)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
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