domingo, 9 de setembro de 2012


Nota:


As minhas estradas sempre foram as fugas, a pressa para alcançar o outro lado que inspirava algum tipo de segurança fictícia, porém muito convincente. Estar longe parecia ser o suficiente para não doer e não ter medo. Entretanto, os quartos ainda presenciavam a insônia e as janelas ainda sustentavam os mesmos braços debruçados, as mesmas inquietações. E num espaço de tempo entre três dias de barulho do mar, pescadores, pegadas na areia e conchas, eu encontrei a resposta. Nem longe, nem perto. D-e-n-t-r-o. Compreendi o que o mar quis dizer quando refletiu nas ondas que se quebravam, a infinidade dos céus: Onde a sensibilidade começa, mas não termina. Por ser intrínseco, e infindável. Sem conceder relevância ao solo em que piso, ou ao horizonte que alcanço, sempre vai doer um pouco mais. Sempre haverá uma lágrima prestes a saltar dos olhos e como recompensa, o mar. As ondas e aquela pequena parcela do mundo que se revela nos sentidos, e nos olhos de quem é capaz de enxergar.

Um comentário:

  1. http://libertesedosistema.blogspot.com.br/2012/08/a-singularidadeponto-zero-e-dualidade.html

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