segunda-feira, 21 de maio de 2012

Lugar nenhum

Este é o ponto em que faltam as certezas e o que é certo é só uma sombra distorcida do que lhes é conveniente. Mas quem somos nós para tocar no que sempre foi coerente apenas por não sermos capazes de enxergar tamanha coerência numa vida marcada por horários e quartos com janelas fechadas? Eu tentei me controlar e respirar fundo. Eu tentei caber onde haviam dito que era seguro e estável, mas inevitavelmente eu acabei escapulindo pros lados e o esforço para sufocar o choro me custou arranhões e uma perna quebrada. Já faz dias desde que eu acordei sem saber por onde ir. E se continuo estagnada por duas longas semanas, não é por falta de coragem para dar o próximo passo. O meu freio é resultado daquilo que ainda não fui capaz de decifrar, e francamente, a cada dia que passa me sinto mais distante de alcançar qualquer resposta válida. Dezessete não é uma idade confiável para saber quem nós somos.

Um comentário: